Untitled Document
 

NOTÍCIAS

11/03/2014 - Tabelinha pela Educação

No passado, o trabalho de Evandro Ariki e Felipe Cabral incluía viagens em aviões da Seleção Brasileira, hospedagem nos hotéis de jogadores como Neymar, Kaká e Júlio Cesar e acesso livre a todos os jogos e treinos da equipe. Gerenciar o site oficial da seleção e a CBF TV tinha lá suas vantagens. Seis anos mais tarde, em 2012, os dois acompanhavam a final da Copa Parque Santo Antônio, no Campo do Astro, um “terrão” na periferia de São Paulo, onde a idade dos jogadores variava entre 16 e 50 anos.

Evandro e Felipe abandonaram bons salários e cargos de gerente na agência que cuida dos conteúdos multimídia da CBF para criar a Ao Quadrado, uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que ensina professores, principalmente em escolas públicas, a usar as tecnologias do século 21. “A gente percebeu que não pertencia ao mundo corporativo, onde as pessoas disputam muito as coisas”, diz Felipe.

A ideia surgiu após um convite, em junho de 2012, da Casa do Zezinho, uma organização que ajuda 1,2 mil jovens de baixa renda no Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo. A fundadora da instituição, conhecida por Tia Dag, convidou a equipe de Evandro e Felipe para criar uma oficina de programação para os “Zezinhos”. Eles usaram uma ferramenta – chamada Fábrica de Aplicativos – desenvolvida dentro da Mowa, a agência onde trabalhavam, para ensinar os jovens a criar seus próprios aplicativos para celular.

Os Zezinhos receberam aulas durante seis meses. No final, muitos estavam aptos a construir e vender apps. “Queríamos que os alunos vissem uma oportunidade de fonte de receita, e isso aconteceu”, diz Evandro. Além de aprender a fazer aplicativos, os alunos conheciam mais sobre novas tecnologias, conteúdos digitais e mídias sociais.

No meio da experiência, a dupla se envolveu em outros projetos no local. Como tinham experiência com futebol, Felipe e Evandro criaram um canal no YouTube e começaram a produzir voluntariamente vídeos para um evento esportivo da instituição, a Copa Parque Santo Antônio, patrocinada pela Fundação Telefônica/Vivo. No final do campeonato, a empresa lhes propôs um desafio: levar o curso da Casa do Zezinho para alunos de uma comunidade carente de Belterra, no oeste do Pará, região do Baixo-Amazonas. Os meninos e meninas aprenderiam a fazer aplicativos para celular em apenas três meses. De setembro a dezembro de 2012, cerca de cem alunos de comunidades ribeirinhas e escolas rurais teriam aulas sobre as novas tecnologias

Fonte texto: Revista Época Negócios - Online



     
Copyright © 2010-2011 - Instituto Carlos Duarte - Todos os Direitos Reservados